“Ética e consciência no uso da IA” foi tema de painel no último dia da Semana de Inovação Enap 2023. O coordenador-geral de Ciência de Dados da Diretoria de Altos Estudos, Pedro Masson, esteve à frente da palestra como moderador, que teve como intuito promover debate sobre a conscientização dos desafios éticos na utilização da Inteligência Artificial. 

A tecnologia está em constante transformação e pode ser melhor observada quando o assunto é inteligência artificial - considerada hoje, uma aliada na vida das pessoas, seja no trabalho, estudos ou até para o bem-estar. Entretanto, o que tem sido amplamente discutido entre profissionais ligados a essa área é sobre a importância dos desenvolvedores e usuários considerarem a ética em todas as fases, garantindo transparência e responsabilização pelos resultados produzidos. Esta também é a opinião da palestrante e psicóloga, Bianca Marioka. 

Já o engenheiro de produção, Fernando Maman, outro palestrante, explicou que existem duas definições de IA: tecnologia programada para simular o raciocínio humano; ferramenta que simula os neurônios do cérebro humano. Para ele, a maioria das IAs é realizada a partir da rede neural, ou seja, sistemas de computação a partir de nós interconectados que representam os neurônios cerebrais. “Existe a necessidade de regulação adequada, portanto, a transparência é a base. Para isso, existe muita discussão sadia sobre o tema e acredito que ninguém tem dúvidas sobre a ética que envolve todo o processo”, diz.  

Ao final da palestra, Fernando e Bianca provocaram o público: "será que uma inteligência artificial pode ser “consciente”? Segundo eles, ainda não há consenso sobre o que de fato gera consciência no cérebro humano, então, como avaliar se ela existe em uma máquina? Essa é uma discussão que ainda está em estudo.