A oficina Labs de inovação: o encontro promoveu  trocas de experiências entre laboratórios de inovação de todo o Brasil para incentivar o diálogo sobre desafios e oportunidades comuns. A atividade contou com mais de 80 participantes que mapearam exemplos de novos modelos de laboratório, compartilharam soluções e experiências. “A ideia é que vocês se conheçam. O que vamos fazer hoje vai gerar um produto real, que vai compor a biblioteca do InovaGov”, explicou a facilitadora, Carol Ramalhete.

Ao discutir os desafios, os participantes foram convidados a manter o diálogo aberto, reconhecer que todos têm voz, dedicarem-se à tarefa, ajudar a cuidar do tempo e do foco, escolher um guardião do tempo e um relator do grupo. Entre os nove principais desafios relacionados a laboratórios de inovação, foram colocados para diálogo: insuficiência de pessoal qualificado, insuficiência de recursos financeiros, limitações tecnológicas organizacionais, ausência de cultura de inovação dentro da organização, resistência às mudanças, obstáculos burocráticos, uso de linguagem complexa para os cidadãos e servidores, entre outros.

Para discutir cada um desses desafios, os participantes expuseram em qual medida vivenciam o desafio, como veem que lidar com ele, quais as oportunidades podem ajudar a superá-lo, lições aprendidas e soluções possíveis. Ana Carneiro, integrante do laboratório de inovação da Fiocruz do Rio de Janeiro, afirmou que já se relaciona com pessoas de diversos laboratórios, mas que ainda não tinha tido oportunidade de conhecê-las pessoalmente. “A gente trocou muitas experiências que vão sair daqui. Vamos de fato manter relações e parcerias para além deste encontro”, comentou Ana.

Na conclusão do debate, cada relator do grupo compartilhou com os demais as soluções desenvolvidas. Nara Caliman, do Laboratório GES (Espírito Santo), disse que achou a oficina útil por discutir com outros laboratórios os principais problemas enfrentados. “O que achei mais bacana é que a discussão serviu para qualquer laboratório, em qualquer nível de maturidade, de todos os poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. A gente vai descobrindo que as questões perpassam todas as equipes, todos os laboratórios”, comentou. Nara ainda comentou que a atividade possibilitou enxergar soluções que outros laboratórios estão fazendo, compartilhar dores e ser encorajado a encontrar soluções. “Estou ansiosa pela publicação. Parabéns à Enap”, afirmou.

Ana Citelli, do Labora (Osasco/SP), compartilhou sua satisfação em poder ver como diversos laboratórios passam por situações semelhantes. “Também estou ansiosa por esse guia. Nós acompanhamos todas as publicações porque é uma forma de termos uma mentira e acompanhar as boas práticas e podermos nos inspirar”, concluiu.

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Ministrantes:

Carol Ramalhete - Designer de comunicação, facilitadora visual de grupos e soócia diretora Executiva da Arte da Conversa. Tem mestrado em educação para o desenvolvimento sustentável e pós em cooperação e dinâmicas dos grupos.

Ludmila Viegas - Comunicadora especialista em traduzir complexidades com linguagem simples. É pós-graduada em gestão de projetos, educação, desenvolvimento local e gênero, e políticas públicas e diversidade. Consultora, empresária e sócia na Arte da Conversa.